Ao incentivar a prática de exercícios físicos, empresas protegem a saúde de seus colaboradores e impactam positivamente o rendimento no trabalho
Passamos boa parte do nosso dia – aliás, da nossa vida – trabalhando. Somos engolidos pela cultura do imediatismo, acumulamos tarefas e nos cobramos a atingir a excelência profissional. Com o ritmo de vida acelerado, em um mercado um tanto quanto competitivo, os níveis de estresse dos funcionários e colaboradores se mostram cada vez mais altos. E, aí, se perde qualidade de vida.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o conceito de qualidade de vida contempla três pilares: bem-estar físico, psicológico e sociocultural. Se estamos boa parte do tempo em escritórios, não é exagero afirmar que o papel dos gestores é tão importante quanto o dos colaboradores ao buscar o combate ao sedentarismo e uma rotina equilibrada.
A prática regular de exercícios faz com que nosso corpo e mente estejam mais preparados para encarar as atividades e reduz custos com a saúde. Segundo estudos da revista científica The Lancet, o sedentarismo custa à economia global 220 bilhões de reais todos os anos. A inatividade compromete a saúde hoje como o tabagismo fazia no passado.
Se os empresários não estão convencidos ainda, há um claro impacto financeiro: pesquisas comprovam que, a cada dólar investido em prevenção e na saúde do colaborador, 4 dólares retornam para a empresa com o aumento da produtividade. Ao propiciar atividade física em escala, a companhia melhora o clima organizacional: os exercícios trabalham disciplina, resiliência, engajamento… tudo que é bem-vindo ao ambiente corporativo.
Além de ajudar a manter o corpo fisicamente disposto, a atividade física impacta diretamente na esfera mental. O excesso de informação típico dos nossos dias pode levar a um esgotamento que afasta as pessoas de seus compromissos. Não à toa se recomenda priorizar um tempo para desacelerar o ritmo e encontrar no exercício o equilíbrio de que a mente precisa.
Estudos demonstram os inúmeros benefícios da endorfina e de outras substâncias liberadas quando se sua a camisa: alívio das dores, melhora no humor, aprimoramento da memória, do foco e da concentração. De novo: tudo que influencia positivamente o rendimento no trabalho.
As pessoas estão cada vez mais conscientes da importância da atividade física. Agora, as empresas têm um papel fundamental em viabilizar o acesso e incentivar sua prática. Uma gestão moderna preza a saúde física e mental dos colaboradores. Sempre.
*Leandro Caldeira é engenheiro pela Universidade Estadual de Campinas, com MBA em marketing e finanças pelo Kellogg School of Management (EUA) e entusiasta da causa da atividade física. É CEO do Gympass no Brasil.
Fonte: saude.abril.com.br
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